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Resumo do Livro Tudo é RIO de Carla Madeira

Sinopse

Tudo é rio é o livro de estreia de Carla Madeira. Com uma narrativa madura, precisa e ao mesmo tempo delicada e poética, o romance narra a história do casal Dalva e Venâncio, que tem a vida transformada após uma perda trágica, resultado do ciúme doentio do marido, e de Lucy, a prostituta mais depravada e cobiçada da cidade, que entra no caminho deles, formando um triângulo amoroso.

Na orelha do livro, Martha Medeiros escreve: “Tudo é rio é uma obra-prima, e não há exagero no que afirmo. É daqueles livros que, ao ser terminado, dá vontade de começar de novo, no mesmo instante, desta vez para se demorar em cada linha, saborear cada frase, deixar-se abraçar pela poesia da prosa.

Na primeira leitura, essa entrega mais lenta é quase impossível, pois a correnteza dos acontecimentos nos leva até a última página sem nos dar chance para respirar. É preciso manter-se à tona ou a gente se afoga.”

A metáfora do rio se revela por meio da narrativa que flui – ora intensa, ora mais branda – de forma ininterrupta, mas também por meio do suor, da saliva, do sangue, das lágrimas, do sêmen, e Carla faz isso sem ser apelativa, sem sentimentalismo barato, com a habilidade que só os melhores escritores possuem.

Resumo do Livro Tudo é RIO da Escritora Mineira Carla Madeira

Tudo é Rio

Dalva é uma mãe e esposa que mora em Brasília com sua família. Ela tem dois filhos e vive uma vida simples mas feliz. Seu marido Venâncio trabalha na construção da nova capital do país. A família veio do interior para tentar uma vida melhor na cidade que estava sendo construída.

A vida de Dalva muda quando ela perde seu filho mais novo em um acidente. O menino morre afogado em um rio perto de casa. Esta perda abala toda a família e muda a forma como Dalva vê o mundo. Ela fica muito triste e tem dificuldade para aceitar o que aconteceu.

Depois da morte do filho, Dalva e Venâncio têm problemas no casamento. Cada um lida com a dor de forma diferente. Venâncio se afasta e trabalha ainda mais. Dalva fica sozinha com seus sentimentos e precisa cuidar do filho que sobrou.

O luto faz com que Dalva repense sua vida. Ela começa a questionar suas escolhas e a pensar no que realmente importa. A perda do filho a faz ver que a vida pode mudar rapidamente e que é preciso valorizar cada momento.

Com o tempo, Dalva aprende a conviver com a saudade. Ela descobre que a dor nunca vai embora completamente, mas que é possível encontrar forças para continuar. A memória do filho morto sempre estará com ela, mas isso não significa que ela não pode ser feliz novamente.

A amizade com outras mulheres ajuda Dalva a superar os momentos mais difíceis. Ela encontra apoio em pessoas que também passaram por perdas similares. Essas amizades mostram que ninguém precisa enfrentar a dor sozinho.

Dalva também encontra consolo na natureza. O rio que antes representava morte e tristeza passa a simbolizar renovação e continuidade. Ela entende que a vida, como o rio, está sempre em movimento e que é preciso seguir o fluxo.

O casamento de Dalva e Venâncio passa por uma crise profunda. Eles precisam decidir se vão lutar pela relação ou se vão separar. A comunicação entre eles fica difícil porque cada um processa o luto de forma diferente.

Venâncio se dedica ainda mais ao trabalho como forma de esquecer a dor. Ele constrói edifícios em Brasília e encontra no trabalho físico uma maneira de canalizar sua energia. Para ele, construir é uma forma de criar algo novo depois de tanta destruição.

O filho que sobrou também sofre com a perda do irmão. Ele não entende completamente o que aconteceu e sente falta do companheiro de brincadeiras. Dalva precisa cuidar dele enquanto lida com sua própria dor.

A cidade de Brasília, que estava sendo construída, serve como cenário para esta história de reconstrução pessoal. Assim como a cidade estava crescendo, Dalva também precisava reconstruir sua vida após a perda.

O livro mostra como as pessoas comuns viviam durante a construção de Brasília. Muitas famílias deixaram suas cidades de origem em busca de oportunidades. Elas enfrentavam dificuldades mas também tinham esperança de uma vida melhor.

Dalva representa muitas mulheres da época que precisavam ser fortes para cuidar da família. Ela mostra coragem ao enfrentar a perda e buscar maneiras de seguir em frente. Sua jornada é um exemplo de resistência e superação.

O título “Tudo é RIO” faz referência à ideia de que tudo na vida está em movimento, como um rio. As experiências, tanto boas quanto ruins, fazem parte do fluxo da vida. É preciso aceitar as mudanças e seguir adiante.

A linguagem do livro é simples e direta, tornando a história acessível para diferentes tipos de leitores. Carla Madeira consegue transmitir emoções profundas sem usar palavras complicadas.

Dalva aprende que a vida continua mesmo após perdas dolorosas. Ela descobre que é possível honrar a memória de quem se foi enquanto constrói novos caminhos. A superação não significa esquecer, mas sim aprender a viver com a saudade de forma saudável.

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Valentim

Formado em Análise de Sistemas, Valentim é um apaixonado por leitura, praias e cachorros. Encontra inspiração na tranquilidade, natureza e no mar. Guiado por sua fé em Filipenses 4:11-13, compartilho histórias e paixões neste espaço, buscando sempre trazer conteúdo que inspire.

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